JORNAL A REGIÃO
08 DE OUTUBRO DE 2011
ATENÇÃO BÁSICA EM ITABUNA E ILHÉUS RECEBEU R$ 16 MILHÕES
Entre 1º de janeiro e o dia 4 deste mês, segundo dados do Ministério da Saúde. Eles mostram que os dois principais municípios regionais estão entre os que mais receberam dinheiro para assistência básica na Bahia. Para Ilhéus foram exatos R$ 8.520.506,52 para as unidades de saúde e ações preventivas.
O município recebeu ainda R$ 905.726,32 para vigilância em saúde, R$ 1.011.880,50 destinados à assistência farmacêutica, R$ 20.000 para gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), R$ 581.246,52 para investimentos e R$ 19.960.572,37 para média e alta complexidade.
No total, Ilhéus já recebeu neste ano R$ 30.999.932,13 somente em repasses para o Fundo Municipal de Saúde. Mesmo com essa montanha de dinheiro, faltam medicamentos e médicos nas unidades básicas de saúde, segundo moradores de bairros como Nélson Costa e Teotônio Vilela.
ITABUNA
Em Itabuna a situação não é diferente nas unidades de saúde e quem mais reclama são os moradores de bairros como Califórnia, São Caetano, Lomanto, Fátima, Urbis IV, Conceição e Santo Antônio. Sobra dinheiro, mas ele não aparece.
“Há meses tento marcar uma consulta para meu pai, mas não consigo”, conta a dona de casa Ana Francisca de Souza, do bairro de Fátima. Quem também se queixa do péssimo serviço é Henrique de Souza, do bairro Califórnia.
“É muito difícil encontrar médicos especialistas na unidade de saúde Alberto Teixeira Barreto. Olha que eles dizem que é uma unidade de referência. Imagine as que não são”. No bairro Conceição a queixa parte dos diabéticos. “Quase nunca tem seringas e medicamentos”, afirma o autônomo J.C.
Para o atendimento somente na Atenção Básica em Itabuna já foram repassados neste ano R$ 7.338.693,24. Os dados do Fundo Municipal de Saúde mostram ainda o envio de R$ 974.437,37 para vigilância em saúde, R$ 908.308 para assistência farmacêutica e R$ 55 mil destinados à gestão do SUS.
Do valor da gestão SUS, R$ 25 mil deveriam ser investidos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS – AD), que até o mês passado estava completamente abandonado pelo prefeito José Nilton.
Como não detém o serviço de média e alta complexidade, perdido por causa de desvios de dinheiro na Secretaria de Saúde, confirmados em auditorias do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, o município recebeu R$ 10.445.168,81 neste ano só para o atendimento básico.
OUTROS MUNICÍPIOS
Outros municípios do Sul da Bahia que também receberam repasses significativos para o atendimento básico foram Coaraci (R$ 3.1763766,95), Canavieiras (R$ 2.292.506,51), Itajuípe (R$ 1.473.662,82), Ibirapitanga (R$ 1.744.279,67).
Gandu (R$ 4.195.476,44), Ibicaraí (R$ 5.756.725,44), Buerarema (R$ 1.408.443,81), Camacan (R$ 2.653.821,01), Ibicuí (R$ 1.129.224,71), Iguaí (R$ 1.812.126,06), Itapé (R$ 1.027.987,13), Itororó (R$ 1.243.432,15), Marau (R$ 1.689.111,85), Mascote (R$ 1.286.400,24).
Mais Medeiros Neto (R$ 3.692.131,25), Pau Brasil (R$ 1.127.821,88), Santa Luzia (R$ 1.307.653,48), Ubaitaba (R$ 1.478.789,54), Una (R$ 1.581.431,36) e Uruçuca (1.478.188,84).
HOSPITAL DE BASE E SANTA CASA RECEBEM MAIS QUE PRODUZEM
Desde 2010, quando a Secretaria de Saúde do Estado atendeu ao apelo da entidade e da prefeitura de Itabuna. Tanto o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães quanto os hospitais da Santa Casa de Misericórdia passaram a receber verbas extras.
O HBL em, por exemplo, produziu em 2010 atendimentos que somaram R$ 10.022.294,04, mas recebeu da Sesab R$ 18.210.386,04 ou cerca de R$ 8 milhões a mais, como ajuda. Já os hospitais da Santa Casa produziram R$ 27.656.086,26 em 2010.
Mesmo assim, a entidade recebeu da Sesab R$ 45.888.067,23, um total de R$ 18.231.981 enviados a mais pelo Governo do Estado para aliviar as contas. Os outros prestadores privados receberam R$ 29.348.734,93 e os demais públicos, outros R$ 2.350.877,57.
No total, a Secretaria de Saúde do Estado enviou para Itabuna R$ 95.798.065,77 no ano passado, ou R$ 26 milhões a mais do que era obrigado a repassar. Entre as entidades públicas que receberam verbas do Estado está a Policlínica 2 de Julho (R$ 989.827,81).
QUEM RECEBEU
Também se destacaram, em valores aproximados, o CAPS2 (R$ 385 mil), CREADH (R$ 267 mil), a Central de Regulação (R$ 180 mil), o CAPS AD (R$ 117 mil), o Centro de Referência Júlio Brito (R$ 100 mil) e o Centro de Prevenção em Oncologia Cepron (R$ 86 mil).
As entidades privadas também receberam muitas verbas do Estado em 2010, com destaque para a Maternidade da Mãe Pobre (R$ 2 milhões), Imen (R$ 1,2 milhão), Casa de Saúde São Judas Tadeu (R$ 2,7 milhões), Clínica Anorf (R$ 886 mil), Day Horc (R$ 11 milhões), Cotef (R$ 2,1 milhões), o Cemepi (R$ 1,8 milhão), Clínica Espaço Vida (R$ 1 milhão) e Cesai (R$ 1,7 milhão).
O Governo do Estado também reformou alguns contratos com as principais entidades públicas.
CONTRATOS
No caso do Hospital Manoel Novaes (contrato nº 020/11), foi criado um Incentivo à Urgência Materno-infantil, de R$ 30 mil/mês e ampliadas às internações de obstetrícia (268 para 450/ mês), os valores médios das AIH e as metas físicas de produção ambulatorial (de 11.359 para 11.799).
Nos hospitais Calixto Midlei Filho e São Lucas (contrato nº 019/11), foram dobradas as cirurgias bariátricas de 4 para 8/mês, ampliados os procedimentos (inclusive cirurgia) cardiovasculares em quatro vezes, de 5 para 20 cirurgias/mês (com ampliação dos demais procedimentos).
Foram ainda definidos a ampliação de R$ 124 mil/mês para cerca de R$ 500 mil/mês por pós-produção; a produção de neurocirurgia, radioterapia e mamografias.
Para o Hospital de Base de Itabuna, o contrato nº 021/2011 define a ampliação das neurocirurgias, para até 90/mês com repasse podendo chegar a mais de R$ 300 mil/mês; das mamografias para até 1848/ mês (podendo chegar a R$ 83 mil/mês).
Foram instituídas até cinco cirurgias bariátricas/ mês (mais de R$ 25 mil/mês); uma OPO (Organização para busca de órgãos e tecidos) com incentivo mensal de R$ 20 mil/mês e ampliados os valores médios de AIH.
MAIS DE 40 MIL EM ITABUNA TÊM RENDA DE ATÉ 1 MÍNIMO
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traz uma radiografia sobre os moradores do município mais populoso do sul da Bahia. O levantamento traz informações sobre escolaridade, renda, raça, habitação, saneamento básico, transporte, entre outros itens.
A pesquisa revela que o rendimento nominal mensal per capita de 6.487 pessoas é de ¼ do salário mínimo. Os que têm renda de ¼ a ½ salário somam 15.381 moradores e os que estão sobrevivendo com renda entre ½ e um salário mínimo são 19.278 moradores.
Segundo o IBGE, mais de 10.819 pessoas declaram ter rendimentos entre um e dois salários mínimos. Os que ganham de dois a três mínimos são 3.444 moradores. Na faixa de três a cinco salários estão 2.605 pessoas; as que recebem acima de cinco mínimos são 2.928.
Outros 2.928 informaram aos pesquisadores do IBGE que não têm nenhum tipo de rendimento. A pesquisa revelou que 44.951 itabunenses moram em casa própria e 13.831 pagam aluguel. O estudo revela que muita gente tem preferido morar sozinha, são 8.523 nessa condição.
Os domicílios com até duas pessoas somam 14.229. As famílias com três pessoas em Itabuna são 16.030; outras 12.728 têm quatro membros. E 6.335 domicílios abrigam cinco pessoas. As famílias com seis membros somam 2.681; as com sete, são 1.301 e as com oito pessoas são 1.193.
ESCOLARIDADE
De acordo com o IBGE, 9.104 famílias moram em apartamento e 53.006 vivem em casas. O levantamento tem o extrato sobre escolaridade e detectou que 9.557 crianças com idade entre 5 e 9 anos são alfabetizadas. Na faixa entre 10 e 14 anos são 16.378 pessoas que saber ler e escrever.
Na faixa etária seguinte, de 15 a 19 anos, são 17.138 itabunenses alfabetizados; os jovens com idade entre 20 e 29 anos somam 38.125 pessoas.
Nas demais faixas os alfabetizados são 29.704 (30-39 anos), 23.363 (40-49), 17.301 (50-60) e 16 mil entre os com idade acima de 60 anos.
A pesquisa traz ainda a quantidade de pessoas por raça e a maioria se declarou parda.
São 127.980, seguido dos 45.215 que se declararam brancos. As pessoas que confirmaram ser negras somam 29.089. Os amarelos são 1.642 moradores e outros 741 declararam ser índios.
Os dados podem não bater com a realidade, porque o IBGE não tem poder para mudar a resposta da pessoa, mesmo quando fica evidente que ela não é verdadeira. Isso significa que se o negro responder que é branco, assim será incluindo na pesquisa.
O mesmo vale se for ao contrário, um branco declarar-se negro.
O levantamento mostra que Itabuna tem 204.667 moradores, sendo 105.445 mulheres e 94.198 homens.
Segundo o chefe da agência do IBGE local, Luiz Mafra, nos próximos meses serão divulgados novos dados sobre os municípios brasileiros.
Na próxima edição, A Região traz a radiografia da população de Ilhéus.
Fonte: Jornal a Região, 08 de outubro 2011.
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CALENDÁRIO DO ENCONTRO DE LIBRAS
Dia 13/10/11- Quinta-feira Tarde: das 14:00 às 16:00
Dia 21/10/11- Sexta-feira Manhã: das 09:00 às 11:00
Dia 27/10/11- Quinta-feira Tarde: das 14:00 às 16:00
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FACE E TAL ARRASTAM ALUNOS DAS ESCOLAS DA DIREC 07 AO
CENTRO DE CULTURA EM ITABUNA
Alunos e professores pertencentes a DIREC 07,apesar da forte chuva, estiveram presentes na sexta-feira (16 de setembro) no Centro de Cultura Adonias Filho em Itabuna para prestigiar os finalistas dos concursos IV Festival Anual da Canção ( FACE) como também o Tempo de Artes Literárias ( TAL).
Neste ano, a DIREC 07 inovou e colocou junto os dois eventos –FACE e TAL- para que todos pudessem contemplar as canções e as artes literárias de autoria dos próprios alunos.
O Festival Anual da Canção ( FACE) que está na sua quarta edição trouxe ao palco do CCAF 15 finalistas onde expressaram musicalmente seus sentimentos a respeito da vida, do bulling, das redes sociais, das drogas, da família e questionaram acima de tudo a dignidade e a auto-afirmação do negro na sociedade.
Já o Tempo de Artes Literárias ( TAL) com seus 25 finalistas mostrou que não é só a poesia a responsável pelo delírio humano mas a literatura de cordel, a sátira, os contos entre outros gêneros que podem explorar a dramaturgia para repassar o conhecimento. A aluna do Rotary, Sara Bomfim, 1ª colocada neste ano diz que o interesse pelo tema “Podemos saber” foi despertado porque percebe que a realidade do mundo é dura, já que muita gente é tratada com injustiça. E afirma “ Quero fazer as pessoas agirem para melhorar a mundo”.
Caravanas,faixas, cartazes e até blusas personalizadas sacudiram as estruturas do CCAF que mesmo debaixo d’gua não fizeram feio e mostrou muita alegria nas torcidas de Ubaitaba, Coaraci, Barro Preto, Jussari, Aurelino Leal e a anfitriã Itabuna.
No meio da garotada eufórica e saltitante a diretora do Amélia Amado, Benedita Queiroz, cantou e ovacionou a música que ganhou o primeiro lugar no festival. País de Cinco Estrela foi eleita como melhor canção em 2011 e levará o Colégio Amélia Amado a Salvador para participar da etapa final do FACE.
Para a diretora da Direc 7, Miralva Moitinho, esses concursos elevam a auto-estima dos alunos porque eles são as estrelas da festa e são neles todos os olhares da Educação.
A PREMIAÇÃO
Os prêmios para o 1º,2º e 3º lugar do FACE são os mesmos para todos os participantes que neste ano receberam como premiação um notebook. Já o TAL premiaram seus alunos com o Kit de livros da obra de Jorge Amado, em comemoração ao centenário de Jorge, sempre Amado.
A intenção da DIREC 07 não é acirrar a disputa dos concorrentes, mas deixar claro que no espaço educativo em que a cultura e a criatividade acontecem não há rivalidades.
O 2º lugar do FACE ficou mais uma vez com o aluno do Polivalente de Ubaitaba, Ailton Menezes, e o 3º com o aluno do CIOMF, Benny Shintomi com a canção Negros.
Já o TAL, o 2º lugar foi conquistado pelo aluno do Felix, Jefersson Costa, com o poema dramatizado Guerra “sem porquês” e 3º com o aluno do Almakazir de Coaraci, Joadson Santos, que ironicamente trouxe ao espetáculo a História da sua família.
A etapa final em Salvador está prevista para 18 de novembro e é lá na Concha Acústica do Teatro Castro Alves que veremos os artistas brilharem no palco do conhecimento.
O evento é uma parceria do Governo da Bahia, da Secretaria de Educação e das 33 Diretorias Regionais (DIRECs).
* Julianna Bráia
Comunicadora/ Gabinete DIREC7
